Continuando, na manhã do sábado 21 de setembro, acordei cedinho, passei a última camada de bronzeador de palco e, enquanto a tinta secava no corpo, arrumei o cabelo e fiz a maquiagem usando produtos de boa fixação, o dia seria longo!
Cheguei ao campus da escola secundária em que seria realizado o campeonato INBA INTERNATIONAL FLEX APPEAL pouco antes das 10 horas.
Quando saí do carro, conheci o famoso VENTO daquela região. Aliás, em todo o estado de Nevada venta muito, mas nunca vi nada igual ao vento de Reno. É um vento de redemoinho, o pesadelo das chapinhas e o sonho dos cabeleireiros que jamais ficarão sem trabalho hahaha, parece uma força que brota do chão e vem por baixo, sacudindo tudo.
Enquanto eu procurava a entrada para o teatro, devo ter dado umas dez voltas a pé ao redor do complexo esportivo da Galena High School e com isso - imagine - lá se foram as ondas no cabelo que passei um tempão fazendo com o baby liss da Barbie que minha filha de quase 18 anos ganhou em um longínquo Dia das Crianças. Gosto dele porque não é muito potente, assim evito o visual "cachinhos de boneca".
Ainda bem que sou descabelada por natureza, tudo bem, não seria um furacãozinho à toa que iria perturbar a minha estréia nas competições internacionais. Nem liguei, queria mesmo era encontrar o lugar!
Não me lembro se já contei aqui que sou completamente desprovida de sentido de direção. Falando claro: sou a barata-tonta em pessoa, capaz de me perder até dentro de casa.
Com o vento chicoteando as pernas e fazendo entrar areia pelos dedos dos pés - eu estava de vestido curto e chinelinho -, vi passar uma mulher negra bonitona em um Land Rover branco (como tem carro branco nos EUA!).
Ela parou e de dentro do carro perguntou se eu sabia onde era a entrada. Eu disse que não, que também estava procurando.
Minutos depois, ainda andando em círculos pelo campus, reconheci a moça negra do carro branco, agora a pé, toda produzida de terninho justo e salto agulha afundando no cascalho e puxando uma maleta pequena e rígida, de rodinhas, com estampa de zebrinha. Uau, que estilo, pensei!
O nome dela é Vickie Francovich, atleta natural Master Figure como eu, deslumbrante em seus 58 anos de idade.
Na foto abaixo, eu e minhas novas amigas americanas Darla e Vickie, jovens cinquentinhas; ambas competiram comigo no campeonato de Reno.
Além da Master Figure, Vickie também concorreu em outra categoria compatível e sem divisão por idade - a Fitness -, em que a atleta apresenta uma coreografia (ela mereceu a medalha de primeiro lugar com uma performance que agitou a platéia do INTERNATIONAL FLEX APPEAL).
Encantadora, cheia de energia, sorridente, Vickie mudou a idéia que fazemos dos americanos - em geral, considerados mais reservados que os brasileiros - e me surpreendeu com o convite para uma festa em sua casa naquela mesma noite, depois do campeonato.
Foi um prazer encontrá-la e ao marido na semana seguinte, em Las Vegas.
A alta e esguia Darla Demitrios faz lembrar a top Figure Erin Stern, você não acha? Darla é um doce de pessoa, carinhosa, conversamos bastante no backstage, fizemos aquecimento juntas, trocamos experiências sobre treinos, principalmente o de glúteos.
Tanto Darla quanto Vickie elogiaram a minha retaguarda e perguntaram que tipo de exercício eu fazia para esta parte do corpo.
Ao responder, cometi uma gafe histórica por conta da pronúncia chiada do T no final da palavra squat (agachamento), o meu T saiu meio Tch.
Eu queria dizer, em inglês, que para as pernas e glúteos costumava fazer bastante agachamento (squat).
Em vez de squat, elas entenderam scratch (que significa arranhar ou coçar) e aí foi uma gargalhada geral no banheiro.
Ou seja: o segredo do bumbum da brasileira é ser bem coçado hahahaha.
Jurei nunca mais falar em squat e agachamentos nem mencionar nada que termine com T!
Darla Demitrios, Vickie Francovich e Claudia Vilaça
21/setembro/2013 - Reno/USA
INTERNATIONAL FLEX APPEAL
Atletas - Categoria FIGURE (de 50 a 59 anos)
INBA Natural Bodybuilding
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Eu estava curiosa para ver como funciona o exame anti-doping na INBA, realizado sob os rigorosos critérios da Agência Mundial Anti-Doping (WADA) e do Comitê Olímpico Internacional (IOC).
Após a confirmação da inscrição de todos os atletas no campeonato INTERNATIONAL FLEX APPEAL, fomos homens para um lado, mulheres para o outro.
No banheiro feminino, a coleta da amostra de urina que será enviada para análise é feita praticamente em público.
Explico: todas em fila, aguardando a vez.
A diretora da INBA - Diana Kakos - entrega à primeira da fila um copo de plástico etiquetado com nome, número na competição e demais dados pessoais.
Sem casaco nem bolsa, porta da cabine aberta, a atleta tira a calcinha e faz xixi no copinho diante dos olhos de todas as presentes, que acabam fiscalizando umas às outras e testemunhando que não houve fraude nem manipulação da amostra.
E assim vai até que cada uma das competidoras entregue o seu copinho etiquetado e tampado nas mãos da diretora da INBA (com xixi quentinho, não existe a menor possibilidade de trocar amostras com tanta gente observando atentamente ;-)
O material é enviado para análise, o resultado será conhecido dentro de alguns dias.
Se algum atleta for pego no exame anti-doping, a punição é severa: expulsão sumária dos quadros e campeonatos da INBA, devolução do prêmio, notícia da mentira e das práticas desonestas em sites e nas redes sociais, e - o mais importante - inscrição do atleta no Hall of Shame (ou Muro da Vergonha), com a divulgação de nome, fotos, substâncias proibidas e dosagem detectada.
Resumindo: um vexame! É para queimar o filme do cara mesmo, acabar com a sua carreira no esporte, entre os naturais e os não naturais, e isso sem perdão nem direito a recurso.
O MURO DA VERGONHA dos atletas que falham no exame ANTI-DOPING |
Detalhe: o exame anti-doping é pago pelo próprio atleta, e é caro!
Além do exame aplicado momentos antes da competição, são feitos testes por amostragem a qualquer tempo, com o objetivo de manter a associação de fisiculturistas naturais permanentemente longe das drogas.
Terminada a coleta do material, começa a maior alegria no banheiro.
Hora de retocar a maquiagem, colar cílios postiços, emprestar batom, passar cola no bumbum para o biquíni não sair do lugar.
Eu tenho a cola de biquíni, mas nunca usei, levo na bolsa apenas para o caso de alguém precisar.
E no banheiro do backstage em Reno, o meu socorro à uma atleta desbundada trouxe de volta o assunto "Os Glúteos da Claudia".
Mais risadas, a história se espalhou entre as moças, minha amiga Vickie coçou e arranhou (scratch) o bumbum brincando comigo, dizendo que eu não precisava mesmo de cola nos glúteos pelo simples fato de ter ótimos glúteos!
Verdade, a maioria das atletas naturais que conheci nos EUA quase não tem bumbum. Ao ver fotos e vídeos de campeonatos da INBA, confesso que estava com um pouco de medo de parecer bunduda demais, mas deu tudo certo no final.
Abaixo, trechos da apresentação individual, ou T-Walk, usada na categoria Figure.
Uma caminhada pelo palco como se desenhando a letra T (de novo o tal do T me pregando peças! E dessa vez porque eu tenho dificuldade em diferenciar esquerda de direita).
Pratiquei bastante o meu T-Walk para não dar vexame nos States.
Decorei: dos bastidores, entrar e se dirigir ao centro/fundo do palco, pausa. Andar até a frente, centro, outra pausa, poses livres para os árbitros e o público. Do centro, ir para o lado esquerdo do palco, mais charme e poses, mostrar os pontos fortes. Caminhar até o outro lado, poses, sorrisos e dar um jeitinho de exibir as panturrilhas. Voltar para o centro do palco e fazer a sequência - de frente, de lado, de costas, de costas 2, abaixando os braços para mostrar os tríceps e realçar os glúteos -, girar o corpo, concluir. Agradecer e ir se juntar às outras competidoras na lateral do palco.
Claudia Vilaça - 51 anos
21/setembro/2013 - Reno/USA
INTERNATIONAL FLEX APPEAL
Atleta - Categoria FIGURE (de 50 a 59 anos)
Fisiculturismo Natural
INBA Natural Bodybuilding
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Claudia Vilaça - 51 anos
21/setembro/2013 - Reno/USA
INTERNATIONAL FLEX APPEAL
Atleta - Categoria FIGURE (de 50 a 59 anos)
Fisiculturismo Natural
INBA Natural Bodybuilding
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Claudia Vilaça - 51 anos
21/setembro/2013 - Reno/USA
INTERNATIONAL FLEX APPEAL
Atleta - Categoria FIGURE (de 50 a 59 anos)
Fisiculturismo Natural
INBA Natural Bodybuilding
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Claudia Vilaça - 51 anos
21/setembro/2013 - Reno/USA
INTERNATIONAL FLEX APPEAL
Atleta - Categoria FIGURE (de 50 a 59 anos)
Fisiculturismo Natural
INBA Natural Bodybuilding
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Nos dois rounds - prévia ou pre-judging, de manhã, e na prova final ou main show, à tarde - depois das apresentações individuais, vieram os quartos de volta e os confrontos.
A classificação foi conhecida logo, eu fiquei em segundo lugar no campeonato INBA INTERNATIONAL FLEX APPEAL, em Reno, nos EUA.
Claudia Vilaça, Kelly OBrien, Darla Demitrios
21/setembro/2013 - Reno/USA
INTERNATIONAL FLEX APPEAL
Atletas - Categoria FIGURE (de 50 a 59 anos)
INBA Natural Bodybuilding
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Claudia Vilaça, Kelly OBrien, Darla Demitrios
21/setembro/2013 - Reno/USA
INTERNATIONAL FLEX APPEAL
Atletas - Categoria FIGURE (de 50 a 59 anos)
INBA Natural Bodybuilding
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Claudia Vilaça (à direita) entre atletas vencedores do campeonato internacional
INTERNATIONAL FLEX APPEAL
21/setembro/2013 - Reno/USA
INBA Natural Bodybuilding
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AOS 50 ANOS, O DESAFIO: PARTICIPAR PELA PRIMEIRA VEZ DE UMA COMPETIÇÃO DE FISICULTURISMO
Gente eu amei!! Muito bonito Claudia, parabéns pela dedicação. Eu treino em casa porém pretendo treinar na academia a partir desse mês. Olha, eu te admiro, sou sua fã. Parabéns de novo. Bj Taty Montorsi
ResponderExcluirEu também achei lindo, Taty, adorei conhecer o "lado" dos atletas naturais, gente como eu que tem paixão pelo esporte em sua forma pura, o ideal olímpico mesmo.
ExcluirSem falar que são pessoas tranquilas, gentis, hospitaleiras.
Receberam-me com respeito e carinho, o tempo todo eu me senti em casa, em família, confortável e à vontade (apesar de não poder sentar para não manchar a tinta bronzeadora hahaha).
Beijos!
Esqueci de dizer, Taty: nos campeonatos de fisiculturismo natural de que participei, nos EUA, não encontrei nenhuma mulher de voz grossa ;-)
ExcluirParabéns, Claudia! Vc estava muito bonita, com um sorriso tranquilo e cativante. Sucesso!!! Lu Traeger
ResponderExcluirObrigada, Lu!
ExcluirEu estava mesmo me sentindo muito bem e feliz.
Claudia, parabéns!
ResponderExcluirAcabo de ver a notícia que saiu na Uol e deixo o link aqui para os seus seguidores:
http://f5.folha.uol.com.br/humanos/2013/10/1354847-advogada-brasileira-de-51-anos-vence-concurso-de-fisiculturismo-em-las-vegas.shtml
Abraços.
Adorei a matéria no UOL, Beatriz!
ExcluirObrigada por me enviar o link.
Beijo, Claudia
Vi agora sua vitória e história na Folha SP. Parabéns! És um exemplo para nós mulheres. Gostaria de saber se tem em algum local uma breve demonstração do seu dia a dia, treino e dieta. Tb tenho 46 e estou recomeçando treinos. Mas sempre peguei leve e nunca consegui evoluir muito e perseverar. Com seu exemplo, ganhei motivação. Grande abraço! Jeanne
ResponderExcluirO gostoso é pegar pesado, Jeanne, treinar intensamente é algo que faz a gente se sentir viva e cheia de energia. Experimente!
ExcluirMeus treinos são sempre para hipertrofia (ganho de massa muscular), com pouco aeróbico.
Faço 6 sessões diferentes de musculação por semana, um ou dois grupos musculares por dia; descanso aos domingos.
Atualmente tenho dividido assim:
2a. feira - ombros e abdominais
3a. feira - posterior de pernas + glúteos e panturrilhas
4a. feira - peito e abdominais
5a. feira - costas
6a. feira - pernas completas + glúteos e panturrilhas
Sábado - bíceps + tríceps e abdominais
A dieta natural e orgânicade de muito baixo carboidrato - 365 dias do ano - é o que me permite controlar o peso e ganhar massa muscular sem aumento de gordura corporal, mesmo treinando sempre para hipertrofia.
Aqui no blog, falo bastante sobre a minha dieta, veja nas tags NUTRIÇÃO E DIETA, LOW-CARB HIGH-FAT, e outras. Idem para TREINOS, e HIPERTROFIA, em que menciono as técnicas que uso, exercícios específicos, programação, etc.
Posts como esses são os mais populares entre os leitores:
(1) http://claudiafitblog.blogspot.com.br/2013/01/low-carb-high-fat-100-real-food-baixo.html
(2) http://claudiafitblog.blogspot.com.br/2013/01/2-low-carb-high-fat-100-real-food-baixo.html
(3) http://claudiafitblog.blogspot.com.br/2013/02/3-low-carb-high-fat-100-real-food-baixo.html
(4) http://claudiafitblog.blogspot.com.br/2013/02/4-low-carb-high-fat-100-real-food-baixo.html
(5) http://claudiafitblog.blogspot.com.br/2013/06/dieta-de-baixo-carboidrato-e-preparacao.html
(6) http://claudiafitblog.blogspot.com.br/2013/09/natural-bodybuilding-campeonatos.html
(7) http://claudiafitblog.blogspot.com.br/2013/05/5-hipertrofia-missao-execucao-do.html
Convido-lhe a dar uma navegada pelo blog e a comentar os posts, conversar, ok?
Um beijo e muito obrigada!
Muito obrigada por sua gentil resposta. Estou decidida a pegar pesado, só tenho receio de lesões e fica a dúvida: seria possível sem o acompanhamento constante de um personal? É mais difícil e mais arriscado com certeza. Bem, tenho uma boa instrutora na academia e vou perturbá-la...rs...
ExcluirEstou torcendo por vc e já me cadastrei para receber suas atualizações. Muito sucesso nas próximas provas e na vida! Bjs! Jeanne
É perfeitamente possível treinar com alta intensidade sem acompanhamento constante de personal ou instrutor, Jeanne!
ExcluirEu venho fazendo isso há anos, desde os primeiros dias na academia, e nunca me machuquei (exceto umas topadas e roxos nas pernas de vez em quando porque sou muito desastrada ;-)
Quando falo em "treinar pesado" não significa encher as máquinas com cargas muito acima da sua capacidade, isso é para quem gosta de fazer "levantamento de ego" e aplacar a consciência.
O que quero dizer com treinar pesado é usar cargas e técnicas desafiadoras e progressivas para você HOJE, veja bem, este limite é individual. Experimente aumentar a dificuldade, pouca coisa, vá testando. Se ainda assim ficar fácil, aumente mais, até encontrar um peso e um modo de execução com os quais você fará por volta de 10 repetições e nem mais um movimento sequer, na primeira série. É para falhar, sentir que você não consegue nem mais um alfinete, ok? Então você pousa o peso ou a barra devagar e descansa por alguns segundos, vamos dizer quase um minuto. E então faz outra série, nesta talvez você não chegue às 10 repetições, falhe na nona ou na oitava. Tudo bem! E assim por diante, entendeu?
Tome por base essas 10 repetições na primeira série. Se você usar uma carga muito pesada e falhar já na quinta repetição é porque está demais, diminua. Se passar das 12, 13 e nada de falha, aumente uma plaquinha o peso ou use dois kg a mais de cada lado.
IMPORTANTE: NÃO SE PRENDA AO NÚMERO DE REPETIÇÕES DA FICHA DA ACADEMIA. Se usar a ficha de treino que alguém passou para você, faça como eu disse acima.
Desse jeito você não se machuca, garanto! Na verdade, assim é muito mais seguro, é como eu faço, seguro porém intenso, sempre.
Anote os pesos que usou e a sequência de exercícios.
Na próxima vez use como base o treino anterior para ir progredindo, sempre tendo em mente que o treino deve ser desafiador, senão não adianta nada e você vai ficar marcando passo até perder o interesse.
Beijo!
Oi Cláudia,
ResponderExcluirParabéns pela conquista!
Que experiência, querida! Estava pregando no deserto nas competições brasileiras e brilhou na competição internacional. Que beleza!
É preciso não ter medo de ser minoria. Cedo ou tarde a recompensa vem,
Bjs,
Nilza
Essas novas experiências têm sido fantásticas, Nilza!
ExcluirNão é nem que eu estivesse pregando no deserto (adoro esta expressão!) porque nunca me preocupei em convencer ninguém de coisa nenhuma, apenas vivia a vida do meu jeito, quieta no meu canto, nos meus treinos e na minha dieta.
Sem que eu percebesse, o que escrevo aqui no blog começou a tomar proporções muito além do que imaginava ser possível, nem eu mesma acreditava que alguém pudesse se sentir incomodado com o fato de eu ser uma atleta de 51 anos, estreante no mundo das competições, e não usar drogas nem sequer os suplementos de praxe (que sustentam uma indústria poderosa, as agências de publicidade, os campeonatos, as revistas, os nutricionistas e médicos, as farmácias de manipulação e os laboratórios de produtos que não se encontra nas lojas).
Porém os acontecimentos foram me levando a procurar caminhos diferentes, aqui no Brasil eu já sabia como as coisas funcionavam e tentei encontrar a "minha praia", gente que pensa como eu, que tem os mesmos ideais e aspirações.
Estou muito feliz! E não é porque venci o campeonato internacional, não, pois fui para os EUA competir da maneira como sempre entrei em uma competição: tranquila, dando o melhor de mim, não importando se ficasse em primeiro ou último lugar.
Agora serão mais duas oportunidades de evoluir, e ainda este ano. Daqui a duas semanas participo do WORLD CUP, e 6 dias depois, do NATURAL OLYMPIA.
Torça por mim, Nilza!